Nada se cria....

Na minha primeira tarde em casa, enquanto meus filhos se refaziam de um merecido banho de mangueira numa tarde quente de verão, resolvi ligar a TV. Recentemente abandonamos por completo a NET (a incompetência de atendimento aliada a preços que consideramos absurdos pelo pouco uso dos serviços nos fizeram cortar uma relação de 20 anos) e estou eu lá nos "canais abertos". Final de tarde, rede globo, está no ar a Malhação Identidade, ou melhor, Malhação ID. E fechando os olhos me senti no século passado, novamente nos anos 80... As músicas eram velhas conhecidas. Até tive o trabalho de pesquisar a trilha sonora e olha a lista: Rádio Pirata, Lanterna dos Afogados, Epitáfio (a única com os originais, os Titãs), Sonífera Ilha, Tudo Pode Mudar, Ciúmes, Menina Veneno e Tic Tic Nervoso (essa do tempo até do meu pai...).  Abri os olhos. E lá estava o "galã". Um tal de Fuick. Engraçado. A cara não é estranha. E não é que o fulano é filho do Fábio Jr? E pior, sem a menor dose de originalidade. O mesmo jeito canastrão do pai, o mesmo jeito de falar, de sorrir... É. Se funcionou nos anos 1980 por que não no século XXI, onde a meninada não tem nem competência para compôr novas músicas? Mais uma vez vale a máxima: nada se cria.... E o pior é que a meninada acha que tudo é novidade... Até a hora que mãe quarentona começa a cantar as músicas que são "lançamento" nas jovens pans e mixs da vida. Pobres dos meus filhos. Espero que pelo menos eles tenham coleguinhas inspirados e que eles não achem que a chata sou eu em ficar mostrando para eles no youtube os clássicos do Chico Buarque, do Caetano em dias inspirados e mais recentemente Cazuza e Renato Russo...